Na manhã do segundo dia, sábado,
Cuiabá seria nossa parada 800 km adiante. Apesar do tempo nublado, o calor era
intenso e foi o companheiro constante do dia, com temperatura ambiente de 35º e
sob a moto passava muito dos 48º.
Como
a moto tem autonomia de segurança, em média, de 200 km por tanque, quatro pit stops eram necessários. Embora
funcionem com gasolina, o frentista abasteceu a moto de Flávio com álcool que,
percebendo a falha, providenciou a retirada do mesmo para substituir por
gasolina. Provavelmente, tal desatenção ocorreu porque os postos estão
equipados para atender aos tremilhões, bitrens e carretas que utilizam a rodovia BR 364.
A
partir de determinada altura, ultrapassagens se mostraram um problema. Primeiro
porque o sol estava “batendo” de frente e segundo, devido à enorme quantidade
de referidos veículos, que pareciam formar um trem gigantesco com dezenas de
vagões, de modo que o espaço entre um e outro mal cabia uma moto.
A
imagem desta locomotiva de pneus e poeira que escoa a produção agrícola do
centro-oeste está gravada na memória, pois até então nunca havíamos presenciado
imensa fila de caminhões, carretas, bitrens, tremilhões, etc.
Breve
parada para admirar as “mesas” próximas do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
refrescou o espírito.
O
entardecer escaldante de Cuiabá nos acolheu. Novamente a rotina de localizar
hotel, desfazer as malas, refrescar-se num banho relaxante, acomodar os pés nas
havaianas e procurar por um copo gelado de cerveja, que, diga-se foi mais
difícil de achar na capital do Estado de Mato Grosso (para cada bar fechado num
sábado à noite, haviam, incontáveis farmácias abertas) do que em Rio Verde.
DICA:
A viagem foi estimada em cerca de 10.000 km, ida e volta. Para tanto seriam necessários aproximados 500 litros de gasolina por moto. O preço varia. Como o preço varia, superestimamos em R$ 4,00 o litro, ou seja, R$ 2.000,00 cada.
R$ 150,00 por dia para hospedagem e alimentação. R$ 2.550,00 cada um.
Gastos conhecidos (trem para Machu Picchu, ingressos, balsa, pedágios, estacionamentos), R$ 1.000,00 cada um.
R$ 5.250,00 cada um. Arredondamos em R$ 6.000,00 o valor efetivamente disponível (reais, dólares, cartões de débito) além dos cartões de crédito reservados para lembranças, mecânicos, câmeras, pneus, trocas de óleo, etc.
IMPORTANTE:
Decidida a viagem, fracionamos o valor em três partes, ou seja, R$ 2.000,00 em dólares; R$ 2.000,00 em espécie e o restante no cartão do débito, opção a ser usada no Brasil. Cruzando a fronteira, cambiamos os reais em espécie para a moeda do país.
NOVIDADE:
A partir desta postagem será feita uma análise técnica de uma das fotografias.
Não perca! Na próxima sexta-feira dos ruedas en el camino!
ANÁLISE FOTOGRÁFICA
A foto a ser analisada (interpretação e
leitura técnica da imagem; não se trata de correções) foi registrada na rodovia que liga Rio Verde
a Cuiabá BR-163, tendo como plano de fundo a chapada dos Guimarães.
A imagem foi feita a partir de um dispositivo móvel com o f/2,4 onde a profundidade é
relativamente curta. Se for possível
configurar manualmente o aparelho para uma paisagem como essa, seria importante
utilizar f/7,1 ou maior.
O objeto principal da imagem é a "mesa" (montanha)
se destacando no relevo, que encontra-se mais ao centro da foto (círculo
vermelho). Seria interessante colocá-lo um pouco mais a direita (círculo azul).
A seta amarela demonstra que o individuo encontra-se em ponto acima do objetivo principal, altitude
facilmente identificada.
Setas vermelhas = Direção da leitura da imagem, ponto de fuga (para forçar o expectador a "ler a imagem " da esquerda para a direita) indicando a profundidade, onde as linhas perpendiculares dão uma dimensão de distância.
Linhas vermelhas tracejadas = Linha do horizonte está
equilibrada.
Círculo azul = É o ponto onde o objeto principal deveria estar seguindo os princípios dos 4 quadrantes na composição básica.
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