O mais longo dos dias...
Definitivamente tivemos a exata compreensão da dureza de estar sobre dos ruedas em el caminho...
Para vencer o trajeto do dia, sabíamos seria extremamente frio, cada um de nós se preparou com roupas extras e saímos bem cedo. Estas são só de Edgar!
As baixas temperaturas não permitiram que nos aventurássemos a sacar as câmeras durante a última travessia da cordilheira dos andes. Saímos do Chile.
Passamos pela alfândega conjunta e adentramos na Argentina. A altitude de até 4.600 metros da Cordilheira, era vigorosamente congelante, apesar da vista geral parecer desértica.
O frio alucinante praticamente congelou as pontas dos dedos das mãos, forçando várias paradas breves, para aquecer as mãos no motor da moto...
Fizemos uma parada num posto que, à primeira vista, parecia fantasma, pois não havia ninguém do lado fora, tamanho o frio. Dentro da conveniência saboreamos empanadas com chocolate quentíssimo, onde o lindo, absurdo e estonteante azul do céu nos hipnotizava...
Enquanto subíamos a Cordilheira veio a mente Led Zeppelin. Só que não era Stairway to haven... Era uma verdadeira Road to Haven...
A estrada se revelou magnífica em suas retas, mesmo em altitudes extremas de mais de 3.400 metros...
Assim também foram as incontáveis curvas
Às margens pudemos observar várias construções.
Paisagens... Deus, quantas paisagens belíssimas
Desfiladeiros entremeados de cânions fabulosos.
E salinas, ou salares, grandes, médios e pequenos.
Nas salinas o branco causava um certo reflexo, mas com óculos escuros era possível admirar a “brancura”.
A estrada serpenteava as montanhas.
Em alguns trechos, as montanhas apresentavam erosões que pareciam esculpidas à unha.
E em suas escarpas cactos, muitos cactos...
E áreas especialmente reservadas para as monções, onde avistamos extração mineral.
Quanto mais adentrávamos na Argentina, os contrastes ganhavam contornos e cores impressionantes!
Em determinados pontos a única palavra para definir o visual, é: FOOOODA!!!
E até mesmo nos lugares mais inusitados a Coca-Cola marcava presença...
Nem só de calma vivia a estrada. O motorista chileno não conseguiu voltar pra casa naquele dia...
Em San Salvador de Jujuy vivenciamos um racionamento de combustível, com vários postos sem combustível. Depois de acharmos um posto com o “indispensável líquido”, tivemos que esperar cerca de meia hora numa fila...
Logo adiante entraríamos na região do Pampa Del Infierno, o Chaco Argentino
Enfim o dia chegou ao fim... Foram 15 horas de viagem, cerca de 1.150 quilômetros rodados, estávamos exaustos, afinal, o relógio indicava passar das 22:00 horas.
A hospedagem foi hiper, mega, ultra precária.
Entretanto a trilogia papas fritas, poyos e quilmes estava magnifica, o que, aliado ao cansaço, proporcionou “desmaio” imediato...
Mas cabe ainda registrar alguns pormenores, como as poses de Flávio para a posteridade
Assim que possível, registrávamo-nos em “selfies”...
Em algumas curvas, a sincronia era formidável...
Pelas nossas lentes, eternizamos algumas placas que nos indicavam os caminhos, as velocidades, as altitudes, etc...
Não percam, semana que vem Dos ruedas en el camino!
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